Existe uma lenda que conta o surgimento do chá, cerca de 2730 a .C. um chinês muito higiênico só tomava água fervida, um dia estava de baixo de uma árvore, e uma folha caiu em sua água, e esta folha deu cor e sabor à água.
Essa história, porém está equivocada, pois se considera chá apenas o que vem de origem da planta camellia sinensis (que da origem ao chá branco, verde, vermelho, preto, amarelo e oolong) e tudo que não for de origem dela, e feito de alguma fruta ou erva, é considerado infusão, chamado de chá apenas por costume da maioria das pessoas.
Lígia Basso, formada em pedagogia, especialista em chá e dona da A Loja do Chá – Tee Gschwendner em Brasília conta um pouco mais sobre as curiosidades do chá e fala um pouco sobre sua loja.
“A Casa de Chá é um conceito novo no Brasil, e principalmente em Brasília. “O que eu quero, acima de tudo é mostrar uma nova concepção de chá, agora não mais como medicamento e sim como prazer, é isso que a minha loja vende para meus clientes: o chá prazer.”
A casa é uma franquia alemã, existem apenas duas no Brasil, esta e uma em São Paulo localizada no Iguatemi, vende 200 tipos de chá agranel (a planta solta) e sem agrotóxicos. A planta do chá (Camellia Sinensis) tem suas variações devido as oxidações de suas folhas, é uma planta muito sensível, na qual até o suor de quem as colhe pode provocar diferença em seu sabor.
No chá branco que é o broto da planta, não é oxidado, tem suas propriedades bem ativas e só é colhida três vezes ao ano, é caro e raro, um chá mais suave.
Logo em seguida na escala de oxidação vem o chá amarelo, que é um pouco depois do broto, depois o verde, que não oxidado, o oolong que começa a fermentar e depois o processo é cortado, o vermelho que também é conhecido como ninho de passarinho devido ao seu formato, e por fim o preto que é 100% oxidado. Existe também um chá verde japonês considerado o mais caro de todos, chamado Gyokuro é plantado a 700 metros de altura, e três semanas antes da colheita é coberto por uma capa na qual aumenta sua clorofila e diminui o tanino (substância que deixa o chá mais forte) deixando ele com um sabor mais floral custando 180 reais 50 gramas .
O público da loja é o mais variável possível, desde crianças até idosos e apesar do calor e do pouco costume dos brasilienses em tomar chá o comércio tem tudo pra crescer. Basso diz que o comércio em agosto diminui um pouco devido ao calor e em julho a demanda é maior, também critíca o comércio brasiliense, falando que o novo aqui assusta, e ainda tem muito a se desenvolver.
Uma questão que gera dúvidas é o acréscimo de açúcar no chá, ao ser perguntado para Lígia Basso, o que ela acha ela diz “Tradicionalmente não se coloca o açúcar, pois ele altera o sabor do chá, mas aqui na loja é oferecido cristais de açúcar que não alteram esse sabor, se o cliente preferir. Mesmo assim, se ele quiser com açúcar, pode colocar, pois o que eu vendo é o prazer de estar tomando o chá, eu ofereço o chá e o cliente toma como quiser.”
Além do chá para se beber na Tee Gschwendner também se comercializa temperos feitos com o chá chamado Earl grey, geléias, chutneys, até mesmo sorvetes. Os preços da casa variam de 5,50 até 350 reais, dependendo do que se quer comprar.
Pamela Karime, vendedora da loja há dois anos fala que no início procurou o emprego pela curiosidade, mas não gostava de chá, e conhecia muito pouco, depois de um treinamento ela conta que aprendeu a gostar saber mais sobre infusões e se interessar sobre o assunto, “Tive que provar todos os tipos de chás pra poder falar para os clientes sobre ele, você acaba descobrindo mais sobre si mesmo” diz Karime.
Eu gostei muito do ambiente é muito agradável, aconchegante, acolhedor para se passar um tempo com pessoas queridas e saborear um bom chá, lá é tranquilo, e me remete a bons momentos, além disso o chá propicia um momento de descanso. Manuela Ramos, estudante de Economia da UnB adoraria o local.
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